Um voo Rio-Paris. Um casal em lua-de-mel. Executivos em viagens de negócios. Uma jornalista indo a trabalho para a Coreia do Sul. Um tripulante que viera ao Brasil para o enterro de seu pai. Ao todo, 228 pessoas de 32 nacionalidades a bordo, 58 brasileiros. No trajeto, uma tempestade, uma pane elétrica, o Airbus desaparece no Oceano Atlântico de forma misteriosa. Em pleno ano da França no Brasil.
Elementos que mais se assemelham a um enredo digno das superproduções de Hollywood, ou da série televisiva Lost, aconteceram na vida real, na madrugada de 1° de julho. Um desastre de muitas hipóteses e, até agora, nenhuma explicação capaz de esclarecer suas causas.
Grandes acidentes, guerras ou catástrofes naturais têm o poder de se reduzirem a meras estatísticas, pelo número de vítimas, e a shows de coberturas jornalísticas, recheadas de vídeos, fotos, infográficos e especulações. É a velha máxima de que um acidente com alguns mortos, é uma tragédia; um com muitas mortes, estatística.
Porém, quanto mais próximo de nossa realidade acontece o acidente, mais envolvidos emocionalmente ficamos. É como se a guerra no Iraque e os conflitos na Palestina fossem menos dolorosos que a queda do avião. Fosse aqui a guerra, seria muito mais triste, pois veríamos todos os dias nos jornais fotos de parentes, vizinhos, amigos, amigos de amigos.
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